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Prótese imediata, tardia e precoce: o que são e quais as diferenças?

Prótese imediata, tardia e precoce: o que são e quais as diferenças?

A implantodontia é uma das especialidades odontológicas que mais cresce no mundo: atualmente, sua demanda dispara a uma taxa de crescimento anual de 7,9%, segundo pesquisa de 2019 e com tendência a aumentar. Dentre os vários fatores que explicam esse fenômeno, os implantes mais rápidos e eficazes cumprem um papel central. Você sabe qual a diferença entre uma prótese imediata, uma precoce e uma tardia?

Embora uma rapidez maior no implante seja comercialmente tentadora, é importante frisar que não existe uma prótese superior em todos os aspectos. Cada tipo de procedimento apresenta prós e contras, e é indicado em situações especiais.

Para lhe ajudar a conhecer melhor essas próteses e suas indicações, falaremos, a seguir, tudo o que você precisa saber sobre elas. Ao final, você conhecerá quando cada prótese será melhor aplicada e quando é preferível não a utilizar. Continue lendo para saber mais!

Como os implantes dentários evoluíram?

Para compreendermos o crescimento da demanda pelas próteses imediatas e precoces, precisamos entender como esse mercado surgiu. Nos primórdios da implantodontia, na década de 80, os implantes eram indicados apenas para pacientes completamente desdentados, com regiões ósseas plenamente cicatrizadas.

Com o passar dos anos, eles começaram a ser utilizados em áreas parcialmente desdentadas. Nessas situações, a recomendação era aguardar por 6 meses para a completa cicatrização óssea.

Embora esse tenha sido um grande salto na implantodontia, ainda demorou algum tempo para o desenvolvimento do implante pós-exodontia: nesse cenário, que maximiza o ganho estético, o paciente pode planejar o implante após a retirada de um dente doente. A janela de tempo entre a exodontia e o implante foi diminuindo cada vez mais, até chegar ao seu ponto mínimo — no que hoje chamamos de implante imediato.

Qual a diferença entre implante imediato, precoce e tardio?

Como mencionamos, não se diz que há um implante superior ao outro. Esses três tipos de coexistem e são utilizados até hoje na odontologia. Confira, a seguir, a definição de cada um deles.

Prótese tardia

A prótese tardia segue a mesma lógica dos primeiros: após a instalação do parafuso de titânio, é necessário aguardar a cicatrização óssea para o implante dentário final. Para fins de definição, utilizamos o tempo mínimo de 3 meses para considerar o implante como tardio. A cicatrização na mandíbula demora cerca de 4 meses e, na maxila, 6 meses.

Até hoje, o objetivo de se aguardar a cicatrização óssea é maximizar as chances de sucesso do implante. Com o avanço dos novos materiais dos implantes, no entanto, essas chances são mantidas mesmo reduzindo o tempo entre a exodontia e o implante. Daí, surgiram os implantes precoce e imediato.

Prótese precoce

Quando o implante ocorre entre 13 dias e 3 meses (geralmente entre 6 e 8 semanas) da extração dentária, ele é chamado de prótese precoce. Nessa modalidade, ainda não há cicatrização óssea completa, mas já há cicatrização gengival e cobertura do alvéolo.

Com a prótese precoce, a excisão dentária e o implante propriamente dito ainda são feitos em duas cirurgias distintas. O objetivo da janela de espera é permitir uma fixação mínima do parafuso de titânio e, ainda assim, minimizar o período sem os dentes.

Implante imediato

Se o implante ocorre na mesma cirurgia da excisão dentária, ele é chamado de imediato. A vantagem principal é que o paciente não fica nenhum período desdentado, maximizando o resultado estético. Para que isso seja possível, o indivíduo deve ter uma boa estrutura óssea, que favoreça a colocação da prótese imediata sem causar maiores riscos. Os critérios pré-operatórios que devem ser observados são:

Essas características dependem da região a ser realizado o implante: no anterior da maxila, por exemplo, o fenótipo fino é mais comum, tornando o tipo imediato menos provável. Além disso, devido à ausência de tecido cicatricial, muitas vezes é necessário preencher a tábua óssea vestibular com biomateriais.

Quais os biomateriais disponíveis atualmente?

Principalmente no implante imediato, os biomateriais são fundamentais. Eles estimulam a regeneração óssea já com o implante, possibilitando essa técnica e substituindo a cicatrização natural do corpo. Os biomateriais funcionam por três mecanismos principais: a osteogênese, a osteoindução e a osteocondução.

Na osteogênese, as células transplantadas participam ativamente da produção de novo material ósseo. Isso só é possível com o autoenxerto, obtendo células do próprio paciente. Suas vantagens incluem uma rápida reparação dos tecidos afetados e ausência de resposta imunológica contra o enxerto.

Na osteoindução, o biomaterial é responsável pela ativação das células progenitoras ósseas do próprio local. Portanto, seu material geralmente não é composto por células, e sim por substâncias estimulantes. Dentre as mais utilizadas estão os agregados leucoplaquetários (L-PRF) e a proteína óssea morfogenética (BMP).

Já a osteocondução usa como material a matriz inorgânica óssea, que pode ser obtida do próprio paciente (autógena), de outros pacientes (alógena) ou ser sintética. Ela funciona como um tecido de sustentação, que permite o crescimento das células ósseas sem enclausurá-las após o implante.

Quais cuidados tomar com o implante?

Como você pôde perceber, o implante — em especial o imediato — requer alguns cuidados. Dentre eles, podemos citar como essenciais a avaliação pré-operatória do paciente e o uso de materiais de alta tecnologia. Por ser uma técnica mais moderna, ela demanda um nível superior de sofisticação para evitar falhas no implante e outras complicações.

Se você procura levar suas soluções de implantodontia a um novo patamar, contar com uma empresa de renome no mercado é essencial. Desde 2003, nós, da SIN Implantes, prezamos pelos equipamentos e produtos de maior rigor do mercado. Atualmente, somos a vanguarda da implantodontia em mais de 20 países, fornecendo produtos de maior qualidade para profissionais na área.

Como visto, a implantodontia é uma das especialidades odontológicas que mais cresce no Brasil e no mundo. Parte desse crescimento é certamente devido às novas técnicas e abordagens da área. Sendo assim, as próteses imediata, precoce e tardia fazem parte desse fenômeno e cumprem um papel central na profissão.

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